.Estranho pensamento me submeti ainda a pouco. Ao procurar e ler textos sobre Pasolini, descobri uma estranha coincidência. Ou não. É comum nos indentificarmos com pensadores, poetas, cantores, escritores, enfim, com quaisquer pessoas que vejamos algo em comum ou que nos venha a atrair e chamar a atenção. Em certo texto, vi que Pasolini começou a ler Arthur Rimbaud com 14 anos de idade. Sim, ele se inspirou muito nele. Certo, pode ser normal vir a gostar de um mesmo poeta. Mas vi algo com olhos diferentes. Como se ouvesse uma certa correnta seguindo a tal. Rimbaud para mim era um gênio como poucos existiram. Louco sim. Posteriormente, me veio o gosto por Jim Morrisson. Vocalista e poeta(?) da antiga banda The Door's. Este, outro louco, um gênio em si. Talvez um gênio indomável. Demonstrou isso. Gostava e se idenditificava tanto com Rimbaud, que chegava até a recitá-lo durante os shows. Existem até livros fazendo comparações e parâmetros sobre a vida dos dois. E agora, Pasolini. E agora, eu. Gosto por Rimbaud? Visões, idéias, loucuras? Serão só loucuras ou será ligações? Não vejo entre os 3 (4 porque não) nenhuma diferença gritante, ao contrário, vejo pessoas diferentes que possuíam pensamentos e idéias semelhantes, mesmo sendo e vivendo em países, épocas, sociedades, mundo diferentes. Estranhas ligações faz o mundo. Será que as pessoas que conhecemos, são pelo simples conhecer, ou será por alguma forma de ligação? Como podemos conhecer e ter tão subitamente envolvimento e ligação com certas pessoas, tendo apenas as conhecidas em poucos momentos. Que estranho o mundo. Não vamos tentar entende-lo.
Palavras de mais um em "ligação"
Não sei que dizer e se me fiz entender
Se me dou a conhecer se me faço ler
E não sei sequer perdido nada de mim
Se me ouves as palavras que alinho
Não sei porque te escrevo e adivinho, teus passos.
Ouço o teu coração bater
baixinho tuas falas de ti contigo
Nas ruas do bairro à beira postigo
Onde te confessas sem nada esconder
Sigo os pensamentos e não os sigo
Perdido por te perder não te persigo
Sei que amar é a arte de esquecer.
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