(Não Tem Nome)

.Incrível. É o mínimo que posso descrever. Hoje eu acordei e Dom Quixote pensei ser. Acordei com uma puta dor do lado direito do peito. Deve ter dormido de mal jeito. Minha mãe falou: vá de camisa de punho, já que é besta e não usa guarda-chuva. Se chover ou serenar, de manga de punho é melhor estar. Valeu mãe. Perdi 3 kg hoje. Enfim, andei, e muito. Talvez tenha ido procurar um Elefante branco. Nem o achei. Encontrei a Shibalda. Gostaria de perder-me a eternidade lá. Acabei escolhendo por sentimento. Desculpe-me Kafka, disse não a razão. Mas o que poderia eu, com um Quintana e um Neruda na mão?. Continuei andando. Nunca, até onde lembro, tantos poemas foram formados. Minha mente estava em clímax. Estava puro da exaltação da emotividade subjetiva. Os mais belos poemas, talvez jamais escritos. Não não, a modéstia não me falta. Mas o que poderia dizer diante de tais belas palavras, cada verso era de sublime magnitude. Nunca fui poeta. Nem serei. Continuei andando. Vi cenas que me lembravam, cenas tristes, caóticas, cenas de misericórdia. Estava certo Dostoiévski. Caraca meu, eu comprei uma moreninha!. Andei, vi as nuvens brancas.. cinzas talvez. O sol saiu. Eu vi o rio. Não encontrei minha Mobdick. Como eram lindos aqueles poemas. Como gostaria de dividi-los. Como queria que os tivesse compartilhados com você. Passei um bom tempo descansando em um banco embaixo de uma árvore. Eu gosto disso. Vivo assim. Andar, caminhar, ficar a pensar. Eu nasci para assim voar. Voltei. Cheguei em casa. Li novamente. Suas suposições e dúvidas, são as mesmas das minhas. Suas certezas, talvez incertezas, na minha visão é o que me parece certo, talvez incerto. Mas quem diria, ó doce ironia. Abri minha mochila. Comprei um livro. Que divina comédia é o mundo. Qual o nome do livro? Tsc. Valeu mundo. Bate aqui o/ .... (ironia)
.O nome do livro é Meu Nome é Vermelho.

Será que se foi?
Não se vá.
De nada. o/